segunda-feira, 25 de abril de 2016

Roteiro de estudo para a prova do dia 10 de maio

Calvin & Hobbes - Bill Watterson


Estou certa de que nenhum de vocês – a essa altura do ano – pensa que a Idade Média se resume a um monte de historinhas açucaradas de valentes cavaleiros e lindas donzelas que nem o Calvin aguenta mais...


Bom, caso reste alguma dúvida, aí vai tudo o que a gente estudou sobre esse período e que será avaliado na primeira certificação: 


As transformações no Ocidente europeu durante a Idade Média – a formação e a crise do feudalismo:

·        A Alta Idade Média

ü A política
Os laços de suserania e vassalagem
– A descentralização do poder político: o poder dos senhores feudais e o enfraquecimento do poder político do rei  
A atuação da Igreja Católica

ü A sociedade
A ruralização da sociedade
A posse da terra e a posição social dos indivíduos
A sociedade estamental: as três ordens e suas respectivas funções na sociedade
– A servidão feudal: as obrigações impostas aos camponeses (a corveia, a talha e as banalidades)
– As relações entre os nobres: suserania e vassalagem
– A atuação do clero na manutenção das desigualdades sociais
. e mais: a sua importância na preservação dos documentos da Antiguidade Clássica

ü A economia
A economia baseada na agricultura (com a utilização de técnicas e ferramentas rudimentares, com baixo aproveitamento do solo e pequena produtividade), autossuficiente e voltada para o próprio feudo.
ü A mentalidade
A mentalidade orientada por valores religiosos e guerreiros e a aceitação das desigualdades sociais e de todos os acontecimentos como vontade divina.
– destaque para a importância da Igreja na formação do pensamento medieval

·        A Baixa Idade Média
§  A fase de expansão
ü O aumento da produção agrícola em decorrência da expansão das áreas de cultivo (florestas derrubadas; pântanos e lagos drenados; diques construídos para barrar o avanço do mar) e do desenvolvimento de ferramentas de trabalho e de novas técnicas agrícolas (arado com rodas e lâmina de ferro – a charrua –, coleira acolcholada – e ainda o uso de cavalos –, moinhos de água e de vento, rotação trienal de culturas, por exemplo).

ü O aumento populacional, o avanço do islamismo e as Cruzadas
ü O aumento populacional e o crescimento das cidades  
ü O revigoramento do comércio e o surgimento da burguesia

§  A fase de crise
ü Queda na produção agrícola e fome
ü A peste negra
ü Conflitos bélicos internos
– A Guerra dos Cem anos


ESTUDE PELO LIVRO (CAPÍTULOS 2 e 7), PELAS FOLHAS (TEXTOS 1, 2 e 3) E PELO CADERNO.


Bom estudo!

E boa prova!


O Blog indica... "Kingdom of Heaven", de Ridley Scott (no Brasil, "Cruzada")



Sinopse do filme no site "Omelete": 

   Balian (Orlando Bloom) é um jovem ferreiro francês, que guarda luto pela morte de sua esposa e filho. Ele recebe a visita de Godfrey de Ibelin (Liam Neeson), seu pai, que é também um conceituado barão do rei de Jerusalém e dedica sua vida a manter a paz na Terra Santa. Balian decide se dedicar também à esta meta, mas após a morte de Godfrey ele herda terras e um título de nobreza em Jerusalém. Determinado a manter seu juramento, Balian decide permanecer no local e servir a um rei amaldiçoado como cavaleiro. Paralelamente ele se apaixona pela princesa Sibylla (Eva Green), a irmã do rei.

Abaixo, alguns trechos da crítica de Érico Borgo, também do site Omelete, em 05/05/2005.
(Para ler a crítica na íntegra, basta clicar AQUI.)

   O cineasta trata o assunto com a cautela que ele exige. "Eu não quero que o filme seja sobre cavaleiros de armadura se atacando enquanto cortam cabeças com suas espadas. O filme deve ser uma discussão fundamental sobre as duas religiões", comentou há alguns anos o diretor.
   Cruzada cumpre a promessa e Scott e o roteirista estreante William Monahan são incrivelmente bem-sucedidos nesse ponto. Os muçulmanos não são os vilões da história, nem mesmo os cristãos. Os antagonistas são meramente aqueles que deixam a ganância e o desejo por sangue obscurecerem a idéia de uma convivência pacífica. 
  O roteiro de Monahan começa apresentando um simples ferreiro, Balian (Orlando Bloom). Temente a Deus e viúvo recente, ele se surpreende com a revelação de que é filho de um nobre, Godfrey de Ibelin (Liam Neeson, no milésimo papel desse tipo em sua carreira). Levado à Terra Santa - e após alguns percalços -, Balian chega às terras de seu pai, onde é apresentado à nobreza local e começa a fazer inimigos, dentre eles o poderoso Guy de Lusignan (Marton Csokas), provável sucessor do Rei Balduíno IV (Edward Norton, sempre mascarado). Balian rapidamente ascende (mesmo que a contragosto) na corte e um feito de bravura o coloca diretamente nas graças do rei e seu conselheiro Tiberias (Jeremy Irons), mas sua inabalável ética o impede de subir ainda mais. Sua decisão custará o próprio Reino do Paraíso aos cruzados.
   De qualquer forma, apesar de cumprir a tabela do gênero, Cruzada merece uma recomendação. A bem redigida mensagem crítica sobre o mundo e as relações no Oriente Médio justifica cada um dos clichês. E que esta seja uma cruzada para ajudar a acabar com todas as outras.
Não deixe de assistir ao trailer!


Ah, e a quem interessar, o filme está disponível na Netflix. 


domingo, 3 de abril de 2016

Por que dizem que os nobres têm "sangue azul"?

Marie Antoinette 
(repare sua pele bem clara...)
(arquiduquesa da Áustria e rainha consorte de França e Navarra 1755-1793)
por Élisabeth Vigée-Lebrun, 1783

   Eis uma boa pergunta... De onde veio isso? Se todos -- nobres ou não -- temos sangue vermelho??? 

   Pois a Maria Clara, da 706, não só quis saber o porquê da expressão "sangue azul" como foi pesquisar de onde saiu essa história... Encontrou e me ofereceu o resultado da pesquisa para virar postagem aqui no blog. Ora, é claro que aceitei! Na hora...

   Bom, ela me enviou o link para o site "Diário de Biologia", que aponta duas hipóteses principais: 
  • A primeira  vem dos "etimologistas (cientistas que estudam a língua), [para quem] a expressão surgiu [onde hoje é a] Espanha no longínquo século VI. Segundo eles, ela teria surgido num contexto de preconceito étnico, religioso e cultural. A expressão faria referência à cor clara da pele de pessoas de maior nível social, onde as veias e as artérias azuis se destacariam. Na pele de judeus, que ficariam expostos ao sol o dia todo durante o trabalho e [, mais tarde, de] mouros, as veias e artérias azuis eram praticamente invisíveis."
  • E a "outra teoria diz que a expressão é ainda mais antiga e teve início no Egito antigo, onde os faraós diziam que seu sangue era azul como as águas do Rio Nilo, enquanto o de seus súditos seria vermelho." 

      De qualquer forma, ao longo do tempo, a expressão "sangue azul", como veremos adiante, era cada vez mais  e mais usada em relação aos membros da nobreza porque, como não trabalhavam -- e não se expunham ao sol como os camponeses nos afazeres do dia a dia --, mantinham a pele clara, o que permite ver os vasos sanguíneos azuis sob ela, apesar de o sangue ser vermelho como o de todo mundo. 

    O interessante é ver como essas questões mudam ao longo da história. Durante muito tempo, manter a pele bem clara, sem o menor vestígio de que ficara exposta ao sol algum dia na vida, era um grande sinal de status. Já hoje em dia, muita gente faz de tudo para desfilar um belo bronzeado por aí, e isso é visto por muitos como um sinal de que essas pessoas têm tempo de sobra para curtir a vida e embelezar a pele, sob o sol, na praia ou piscina... Ao contrário dos que mantêm a pele protegida do sol, que carregam a fama de viver somente para o trabalho, sem tempo algum para o lazer ao ar livre. 

    
E você, o que acha disso tudo? Diga aí nos comentários! ;)