sábado, 18 de julho de 2015

A arquitetura religiosa mesopotâmica: os zigurates

   Em 2010, primeiro ano de existência do blog, fiz uma postagem sobre a arquitetura religiosa e real na Mesopotâmia. Como fez e ainda faz muito sucesso, abaixo segue o seu conteúdo com algumas adaptações.

   Tanto há 5 anos quanto nas aulas passadas (exceto nas turmas 604 e 606, que verão isso em agosto), vimos como e o quanto as imponentes construções mesopotâmicas refletiam o poder do Estado, da força militar e da autoridade religiosa.


    Movida pela  e pela coerção, e sob o regime de servidão coletiva, a maioria camponesa (população livre) era obrigada a trabalhar nestas grandes construções e outras obras públicasalém de entregar parte do que produziam ao palácio e aos templos. 

   Um exemplo de construção mesopotâmica grandiosa e imponente é o zigurate, torre onde ficava o templo religioso. Como a religião era politeísta (os povos mesopotâmicos acreditavam em vários deuses) e cada templo era dedicado a um único deus, havia vários zigurates nas cidades. 

  Considerado como o encontro entre o céu e a terra, o zigurate era construído na forma de pirâmides escalonadas. O formato era o de vários andares, um sobre o outro, com o diferencial de cada andar possuir área menor que a plataforma inferior sobre a qual foi construído – as plataformas poderiam ser retangulares, ovais ou quadradas, e seu número variava. 

     Acreditava-se que os zigurates eram a morada dos deuses e através deles as divindades colocariam-se perto da humanidade. Aos sacerdotes era permitida a entrada no zigurate, e era deles a responsabilidade de cuidar da adoração aos deuses – naturalmente, como vimos, os sacerdotes tinham uma reputação especial nas sociedades mesopotâmicas. Além disso, os zigurates poderiam também servir como depósito de cereais, biblioteca e também para a observação do céu e das estrelas e dos níveis das enchentes dos rios (no caso, o Tigre e o Eufrates). 



O Zigurate de Ur

Newhouse, E. L., ed., The Builders, The National Geographic Society, Washington, D.C., 1992

    "O Zigurate de Ur foi construído para o deus da lua, Nanna, entre os anos de 2113 e 2096 a.C., e é um dos que se conservam em melhor estado, graças a Nabucodonosor II, cujo reinado durou entre 605 - 562 a.C., que ordenou sua reconstrução depois que os acádios o destruíram.
   O templo consistia em sete pavimentos e o santuário ficava no terraço superior. Acredita-se que na reconstrução tentou-se copiar a famosa Torre de Babel, hoje destruída. O acesso ao último pavimento era feito por escadarias intermináveis e estreitas que rodeavam os muros."
  (Fonte: http://www.lmc.ep.usp.br/)


Imagem aérea da região do Zigurate de Ur




 Reconstituição mostrando como deve ter sido o zigurate


Fonte das imagens: http://www.lmc.ep.usp.br

Um comentário:

  1. Professora! Cada postagem do seu blog é melhor do que a outra! Estou esperando a sua aula para poder saber mais sobre os Zigurates!

    Beijos! Julia Coli 606



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