segunda-feira, 20 de agosto de 2018

A diferença entre burca, niqab, hijab, xador, al-amira, khimar e shaila







Do hijab...





à burca...

   No mundo ocidental, o termo burca se popularizou como uma expressão genérica para se referir às vestes femininas islâmicas que cobrem todo o corpo da mulher. Há, porém, vários tipos dessas vestimentas, dependendo do país ou região. A ampla variedade dificulta a diferenciação, mas alguns termos se consolidaram.

  A burca propriamente dita, em algumas regiões também conhecida como chadri, é uma veste que cobre todo o corpo, com uma rede diante dos olhos para permitir a visão. No Afeganistão era de uso obrigatório durante o regime do grupo extremista Talibã. Hoje não é mais obrigatória, mas ainda usada por mulheres que temem pela sua segurança caso não o façam, principalmente em áreas rurais. A burca também é muito comum no Paquistão, principalmente em territórios da etnia pachto.

  Já o niqab é muito usado na Arábia Saudita, no Iêmen, no Omã e nos Emirados Árabes Unidos. Ele é um véu propriamente dito, cobrindo o rosto e o pescoço, com apenas uma abertura diante dos olhos. O niqab costuma ser usado sobre uma outra vestimenta de corpo inteiro, daí a confusão com a burca.

  O xador cobre todo o corpo, assim como a burca, mas ao contrário desta deixa o rosto descoberto. É uma espécie de capa para ser usada sobre a roupa, como a palavra persa - que significa tenda - indica. O xador é usado no Irã, apesar de não ser obrigatório, e seu uso está caindo entre as jovens. Nos tempos do xá, ou antes da Revolução Islâmica de 1979, chegou a ser proibido e não era visto com bons olhos pelo governo, que tentava modernizar o país, aproximando-o dos hábitos do Ocidente.

  Muitas mulheres muçulmanas usam, porém, apenas véus. O mais comum no Ocidente é o hijab, que significa justamente véu ou cobertura. Ele cobre a cabeça e o pescoço, deixando o rosto livre. Hijabs existem nas mais variadas cores e estampas.

  Já o al-amira é uma variação do hijab, composta de duas partes. A primeira é uma espécie de touca, que cobre a cabeça de forma bem justa, e a segunda é um véu que veste sobre a primeira, cobrindo também o pescoço e frequentemente chegando até os ombros. O khimar é semelhante ao al-amira, porém mais longo, chegando até a cintura, e é às vezes usado com um niqab, que cobre o rosto e deixa apenas os olhos livres. Por fim, a shaila é muito popular na região do Golfo Pérsico. É um véu longo e retangular, às vezes transparente, e que é envolto ao redor da cabeça e preso na região dos ombros com alfinetes.

  O termo hijab também é frequentemente usado como uma designação genérica para todos os tipos de véus. Hijabs devem ser usados em público ou diante de homens estranhos, e seu uso remete à interpretação de um trecho do Alcorão.

Clique AQUI, vá ao site de onde copiei esse texto e veja outras imagens além da burca e do hijab, como a do niqab, do xador (ou chador), do al-amira, do khimar e da shaila (ou shayla). Ah, e ainda do burquíni.

Imagens: http://www.dw.com/pt-br/zeitgeist

SUPERINTERESSANTE: "Maomé – a face oculta do criador do Islã"


"Ele criou uma nação fundamentada em direitos trabalhistas, juros baixos e livre concorrência de mercado. Tinha uma esposa que ganhava mais do que ele e emancipou as mulheres quando assumiu o poder. Conheça a face realmente oculta do criador do islamismo.
(Por Alexandre Versignassi, SUPERINTERESSANTE, editora Abril)

A maior dor de cabeça dos árabes que controlavam Meca, a cidade sagrada, era um certo Muhammad ibn Abdallah – Maomé, em português. O plano era acabar com ele de uma vez. Aquele “poeta insano”, como eles diziam, tinha virado uma ameaça. Ele vinha angariando partidários fervorosos. Agora era questão de tempo até que o poeta, que se dizia profeta, assumisse o poder na cidade. “Maomé deve morrer” era a ordem. [...]
[Porém, o plano de assassiná-lo] não deu certo, claro, se não este texto não estaria sendo escrito. E não só porque se trata de um artigo sobre a vida dele. Mas porque, sem a religião que ele criou, o mundo seria um lugar bem diferente. E bem pior, como vamos ver mais adiante. Por outro lado, é óbvio: o que motivou este texto foi a violência dos extremistas islâmicos, uma MINORIA estridente que comete crimes em nome de sua religião, sem saber [ou até sabendo...] que outro grande delito que está perpetrando é contra o próprio islamismo e, mais ainda, contra a imagem de Maomé, um homem que trabalhou pela civilização, NÃO pela barbárie. Vamos conhecê-lo melhor agora."


Para isso, basta clicar aqui.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Para quem já quiser entrar no clima das próximas aulas... Filme: "1492 - A Conquista do Paraíso", de Ridley Scott

(Imagem: camminus.com)

   Tudo começa com a grande luta que o navegador Cristóvão Colombo teve que empreender para conseguir o apoio necessário para realizar sua viagem, sofrendo restrições por parte dos religiosos, enfrentando o desdém dos políticos e a indiferença dos comerciantes. Somente com o apoio de um banqueiro e da rainha Isabel da Espanha foi possível reverter sua perspectiva e permitir que ele viesse a escrever seu nome na eternidade.

   O grande mérito do filme reside em nos colocar lado a lado com a trajetória de Cristóvão Colombo, acompanhando-o nas embarcações, sofrendo com ele os reveses de uma viagem longa e desgastante e triunfando com o desembarque em terras americanas em 1492. A sequência da chegada é deslumbrante, os homens se jogando ao chão, os passos de Colombo, as cores das bandeiras e os sons que acompanham esse momento permitem-nos entender como foi grandioso esse acontecimento. (Trecho adaptado do site Planeta Educação)



Trechos que requerem uma atenção especial:
porém com algumas alterações minhas nos textos.)

  • Fé e ciência: um monge informa que a universidade de Salamanca cederá a Colombo uma audiência para que ele tente aprovar sua viagem para Oeste, em busca das Índias (que ficam a Leste). Nessa conversa, fica claro que, embora seja um homem de fé na Igreja Católica, suas convicções científicas diferem das afirmações defendidas pelos clérigos.
  • Negociação: Colombo procura convencer os intelectuais da universidade de Salamanca a aprovarem sua jornada rumo às Índias.
  • Financiamento: Colombo conhece uma pessoa que poderá conseguir uma audiência com a rainha Isabel, da Espanha, e viabilizar sua expedição. Neste trecho, é interessante observar o papel dos banqueiros no contexto das Grandes Navegações.
  • Colombo inicia a viagem: Colombo dá início a sua jornada, em direção ao ocidente, rumo ao extremo oriente, com a nau Santa Maria e as caravelas Pinta e Nina. Durante o trajeto, explica como utiliza as estrelas como guia. Nessa passagem lembre da influência da cultura árabe na península Ibérica que estudamos com a “Reconquista”.
  • América: Colombo e sua frota avistam terra firme e entram em contato com um grupo de nativos. A partir desse recorte, observe como se dá a chegada dos europeus ao “Novo Mundo”.
  • Contato com os nativos: Colombo narra sua percepção do novo mundo com bastante otimismo, ao mesmo tempo em que percebe os perigos desse paraíso na Terra. Pouco tempo depois de sua chegada, consegue estabelecer contato com os nativos, sendo recebido com desconfiança por alguns deles.


1492: Conquest of Paradise 
Drama - França/Espanha/EUA/Inglaterra, 1992 - 155 min 
Direção: Ridley Scott

O filme inteiro, e dublado, encontra-se no YouTube
Basta clicar aqui embaixo e ampliar a tela:




BOM FILME!