domingo, 26 de novembro de 2017

"Amistad" + "Navio Negreiro" -- sobre a parte mais vergonhosa da nossa história

   
Cena do filme Amistad, de Steven Spielberg, de 1997
(www.mariapreta.org)

    A partir desta semana, estudaremos mais a fundo como se deu a colonização do Brasil por Portugal. Já vimos que a "nossa metrópole" estava disposta a gastar o menos possível e a lucrar o máximo e, infelizmente, constataremos que isso se deu às custas do sofrimento brutal de milhões de pessoas ao longo de cerca de três séculos. E, se o foco for a escravidão de pessoas trazidas da África para servirem de mão de obra, veremos que esse período extrapola até mesmo os quase quatro séculos em que a compra e venda, a total objetificação de seres humanos ocorria perfeitamente dentro da lei -- uma vez que suas mazelas se arrastam até o presente. Enfim, falaremos sobre a parte mais vergonhosa da nossa história e que, pasmem, em pleno século XXI, muitos ainda teimam em minimizar.

(Ah, e vale o registro de que as atrocidades cometidas contra os indígenas são outro "capítulo" das aberrações da história deste país.)

   Na época em que a professora Carolina, hoje Diretora Geral eleita e ex-coordenadora de História do nosso campus, tinha um blog para o sétimo ano, ela sempre fazia essa postagem para seus alunos. São cenas duras, isso é certo e, mesmo extraídas de uma obra de ficção, saiba que a realidade foi -- e, lamentavelmente, ainda é, em MUITOS casos --  ainda mais absurdamente cruel.

   Abaixo segue o texto da Carol:

   "Todo ano, faço questão de mostrar aos alunos o vídeo abaixo. Extraído do filme 'Amistad' feito em 1997 por Steven Spielberg, o trecho mostra o processo doloroso do comércio de gente promovido durante séculos por africanos, europeus e americanos. Nele temos, de uma forma didática, toda a dor e desumanização de uma parcela de africanos que eram capturados por tribos e reinos rivais, ainda em África, e depois vendidos e revendidos várias vezes até que chegavam para o trabalho árduo aqui na América. 
   Para enriquecer mais ainda as imagens, temos ao fundo a leitura majestosa feita por Paulo Autran, um dos maiores atores brasileiros, do poema 'Navio Negreiro', escrito em 1869 por Castro Alves -- o que torna esta montagem realmente emocionante.  
   As cenas são fortes, porém necessárias. Porque mais forte ainda foi a realidade... Não tenha a menor dúvida disso." (Trecho adaptado de Blog de Historia do 7º ano) 

O vídeo segue abaixo.

Procure ficar atento às imagens do filme Amistad, de Steven Spielberge à brilhante narração do poema Navio Negreiro, de Castro Alves, feita pelo falecido ator (um profissional extraordinário) Paulo Autran.

(E lembre-se que, apesar de o filme ser uma obra de ficção, essas e muitas outras atrocidades realmente aconteceram com os africanos trazidos à América.) 





sábado, 18 de novembro de 2017

"Kahal Zur Israel" - ou Congregação Rochedo de Israel (Recife - PE): a primeira sinagoga da América

Kahal Zur Israel  
(Congregação Rochedo de Israel)
Recife - PE
A primeira sinagoga da América. 
A fachada do prédio data do século XIX e, atualmente, abriga o 
Centro Cultural Judaico de Pernambuco.

(Para saber sobre as sinagogas e a presença judaica na colonização do Brasil, ao clicar AQUI você chegará ao site da Fundação Joaquim Nabuco -- que traz muitas informações a respeito.)



E, caso queira saber ainda mais, abaixo segue o link para uma página do site da  Associação Israelita de Beneficência Beit Chabad do Brasil:
(basta clicar abaixo)
SINAGOGA: ONDE OS JUDEUS SE REÚNEM


segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Agora, os nomes judaicos...

Gabriel        Stella        Adelle        Ariel        Zac           

     Isaac        Rafael        Phineas        Nathan     

Deborah           Daniella, Daniela, Danielle             

David        Jennifer        Rebeca        Jonathan         Sarah      

Hannah            Daniel           Alex, Alexandre   

      Rachel            Gabriela, Gabriella, Gabrielle         


    Para os judeus, nomear um recém-nascido é algo sagrado. E meninos recebem o seu nome em ocasião diferente das meninas
      A escolha do nome pode ser uma homenagem a um parente e a sua repetição ao longo das gerações, uma garantia de que não seja esquecido. 
      Os nomes podem ser bíblicos, remeter à natureza, ser nome de anjos, enfim.

     Clique AQUI e saiba mais sobre como se dá a escolha de um nome judaico.

     E, logo no final do texto, você encontrará outros links para sugestões (e signifiacado) de nomes judaicos masculinos femininos.  

        De repente, até o seu está lá...


(O site utilizado nessa postagem foi um achado da Diovana - ex 602/2011, atualmente no Ensino Médio. Mais uma vez, obrigada, Diovana!)


             Fonte: site da  Associação Israelita de Beneficência Beit Chabad do Brasil  

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Versailles + "Marie-Antoinette", filme de Sofia Coppola

Le Château de Versailles:
700 cômodos, 67 escadarias, 352 chaminés, 1250 lareiras, 2153 janelas e... 9 banheiros

   "Maior e mais célebre palácio da França, Versalhes é o retrato ao mesmo tempo dos exageros delirantes e do requinte extremo da nobreza que mandou no país durante séculos. Também personifica o tamanho do ego de Luís XIV, que em 1682 instalou lá o governo e uma corte de aproximadamente 6 mil pessoas. Louco por luxo, contratou os melhores profissionais de cada área – entre eles o paisagista André Lê Nôtre, responsável pelos imbatíveis jardins do lugar – para que o palácio representasse não só a melhor estética clássica da França, mas também toda a sofisticação de seus mandatários." (viajeaqui.abril.com.br)

Para mais fotos de Versailles, clique AQUI.

Para ir ao site oficial de Versailles (disponível em francês, inglês, espanhol e outras línguas -- menos a nossa), clique AQUI.

Para saber ainda mais sobre Versailles, clique AQUI



AGORA, O FILME!!!


   Quer assistir a um filme (muito bom!) cuja principal locação fora o próprio Palácio de Versailles e mostra todo o luxo e ostentação da corte de Luís XVI? Sabe que filme é esse? Marie-Antoinette, de Sofia Coppola (classificação: 14 anos - fale a respeito com sua família). Veja a sinopse, retirada do AdoroCinema:

 "A princesa austríaca Maria Antonieta (Kirsten Dunst) é enviada ainda adolescente à França para se casar com o príncipe Luis XVI (Jason Schwartzman), como parte de um acordo entre os países. Na corte de Versailles ela é envolvida em rígidas regras de etiqueta, ferrenhas disputas familiares e fofocas insuportáveis, mundo em que nunca se sentiu confortável. Praticamente exilada, decide criar um universo à parte dentro daquela corte, no qual pode se divertir e aproveitar sua juventude. Só que, fora das paredes do palácio, a revolução não pode mais esperar para explodir." 

Mesmo que não assista ao filme, não perca o trailer... Veja toda a (completamente excessiva) vida de luxo e ostentação da corte francesa em Versailles!

É só clicar aqui embaixo, aumentar a tela e o som!





Sobre os "cristãos novos" e os sobrenomes judaicos...

No desenho ‘Caminhada dos prisioneiros para o auto de fé’, 
de A. Shoonebeck:
um retrato da perseguição aos judeus 
    
   Nas aulas de ontem -- que as turmas 702 e 704 só terão na terça-feira que vem --, quando falávamos sobre a intolerância religiosa e as violentas perseguições a quem se opunha à religião do rei, muitíssimo constantes no regime absolutista, principalmente em monarquias como Portugal, Espanha e França, acabamos por cair na questão da perseguição aos judeus, que chegavam a ser obrigados a se converter ao cristianismo, abandonando (ou não) a sua fé: e daí vem a expressão "cristãos-novos". Vimos também que muitos desses vieram parar aqui no Brasil na época da colonização -- que coincide com o auge do absolutismo. 

   A historiadora da USP Anita Novinsky em sua dissertação 'O mito dos sobrenomes marranos' ["marrano" era outra forma, na época, de se referir a um judeu convertido ao cristianismo], exemplifica o dilema dos cristãos-novos brasileiros, nos primeiros séculos do país, como mostra a matéria de O Globo "O mito sobre a origem dos judeus convertidos", de Daniela Kresch (18/06/2012), cujo trecho copio e colo a seguir: 

"Expor ou não o sobrenome da família fora de casa, sob risco de ser identificado pela Inquisição e acusado do crime inafiançável de 'judaísmo'? O temor e a delicadeza do tema fizeram com que a genealogia dos descendentes de judeus portugueses no Brasil fosse envolta, por séculos, numa bruma de mitos e ignorância. Nos últimos anos, no entanto, pesquisadores têm revelado surpresas sobre os sobrenomes marranos no Brasil. [...]

Até recentemente, acreditava-se que esses judeus conversos abandonaram seus sobrenomes 'infiéis' para adotar novos 'inventados' baseados exclusivamente em nomes de plantas, árvores, frutas, animais e acidentes geográficos. Assim, seria fácil. Todos os portugueses com os sobrenomes Pinheiro, Carvalho, Pereira, Raposo, Serra, Monte ou Rios, entre outros, que imigraram para o Brasil após 1500 devem ter sido marranos, certo? Errado.

 — Em minhas investigações, não encontrei prova documental de que nomes de árvores, animais, plantas ou acidentes geográficos tenham pertencido apenas ou quase sempre a marranos — afirma Anita Novisnky, uma das maiores autoridades no assunto.

O que causa confusão, segundo Novinsky, é o fato de que os sobrenomes adotados pelos cristãos-novos eram os mesmos usados por cristãos-velhos, alguns por nostalgia, outros por medo de perseguições. Afinal, no Brasil, os marranos foram perseguidos por 285 anos pela Inquisição portuguesa. Quem demonstrasse apego à antiga religião poderia ser condenado à morte na fogueira dos 'autos de fé', as cerimônias de penitência aos infiéis.

Como identificar, então, quem era marrano? A mais importante pista está justamente nos arquivos da Inquisição. Aproximadamente 40 mil julgamentos resistiram ao tempo, 95% deles referentes a crimes de judaísmo. Anita Novinsky encontrou exatos 1.819 sobrenomes de cristãos-novos detidos, só no século XVIII, no chamado 'Livro dos Culpados'. Os sobrenomes mais comuns dos detidos eram Rodrigues (citado 137 vezes), Nunes (120), Henriques (68), Mendes (66), Correia (51), Lopes (51), Costa, (49), Cardoso (48), Silva (47) e Fonseca (33)."

Para ler a matéria completa, basta clicar AQUI.

   Agora, segue o link para outra matéria, "Os sobrenomes mais usados pelos cristãos novos", também de O Globo, para você ver se o da sua família está, ou não, entre eles (o da minha está...). Mas, atenção! Como disse a historiadora da USP Anita Novinsky, para saber se seus antepassados eram marranos, ou cristãos-novos, só mesmo montando a sua árvore genealógica e pesquisando nos arquivos da Inquisição, lá no 'Livro dos Culpados'... Bom, mas para ver a tal listagem, é só clicar AQUI

Matérias acessadas em 27/10/2017, às 20h56

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Por que dizem que os nobres têm "sangue azul"?

Marie Antoinette 
(repare sua pele bem clara...)
(arquiduquesa da Áustria e rainha consorte de França e Navarra 1755-1793)
por Élisabeth Vigée-Lebrun, 1783

   Eis uma boa pergunta... De onde veio isso? Se todos -- nobres ou não -- temos sangue vermelho??? 

   Pois no ano passado, a Maria Clarada 802, não só quis saber o porquê da expressão "sangue azul" como foi pesquisar de onde saiu essa história... Encontrou e me ofereceu o resultado da pesquisa para virar postagem aqui no blog. Ora, é claro que aceitei! Na hora...

   Bom, ela me enviou o link para o site "Diário de Biologia", que aponta duas hipóteses principais: 
  • A primeira  vem dos "etimologistas (cientistas que estudam a língua), [para quem] a expressão surgiu [onde hoje é a] Espanha no longínquo século VI. Segundo eles, ela teria surgido num contexto de preconceito étnico, religioso e cultural. A expressão faria referência à cor clara da pele de pessoas de maior nível social, onde as veias e as artérias azuis se destacariam. Na pele de judeus, que ficariam expostos ao sol o dia todo durante o trabalho e [, mais tarde, de] mouros, as veias e artérias azuis eram praticamente invisíveis."
  • E a "outra teoria diz que a expressão é ainda mais antiga e teve início no Egito antigo, onde os faraós diziam que seu sangue era azul como as águas do Rio Nilo, enquanto o de seus súditos seria vermelho." 

      De qualquer forma, ao longo do tempo, a expressão "sangue azul", como veremos adiante, era cada vez mais  e mais usada em relação aos membros da nobreza porque, como não trabalhavam -- e não se expunham ao sol como os camponeses nos afazeres do dia a dia --, mantinham a pele clara, o que permite ver os vasos sanguíneos azuis sob ela, apesar de o sangue ser vermelho como o de todo mundo. 

    O interessante é ver como essas questões mudam ao longo da história. Durante muito tempo, manter a pele bem clara, sem o menor vestígio de que ficara exposta ao sol algum dia na vida, era um grande sinal de status. Já hoje em dia, muita gente faz de tudo para desfilar um belo bronzeado por aí, e isso é visto por muitos como um sinal de que essas pessoas têm tempo de sobra para curtir a vida e embelezar a pele, sob o sol, na praia ou piscina... Ao contrário dos que mantêm a pele protegida do sol, que carregam a fama de viver somente para o trabalho, sem tempo algum para o lazer ao ar livre. 

    
E você, o que acha disso tudo? Diga aí nos comentários! ; 

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Questões para pensar...

Matar em nome de Deus? Fazer mal ao próximo em nome de Deus? 
Tudo isso tem algum sentido?  Não!!!

A humanidade não seria muito mais feliz se seguisse esses ensinamentos, 
por exemplo?
"Amai-vos uns aos outros como eu vos amei."
"Não façais aos outros o que não quereis que vos façam."

  Em uma das aulas deste trimestre analisamos um trecho do poema "Canto Cósmico", do nicaraguense Ernesto Cardenal, que mostra a sua visão sobre os motivos da violência religiosa. 

"Cuzco quer dizer 'umbigo'. 
Em Bali o vulcão Gunug Agung (o mais alto) 
é o umbigo do mundo. 
Babilônia era o umbigo do mundo 
e seu templo o centro do cosmos. 
Egito se sentia o umbigo do mundo. 
E China, o Império Médio, centro do mundo. 
Delfos era o centro da terra 
e tinha no templo um ônfalos, pedra umbilical. 
Igual o templo de Quezaltepeque na Guatemala. 
A ilha de Páscoa se chamava Te Pito Te Henua, 
o umbigo do mundo. 
Jerusalém também foi um ônfalos. 
Mas a Samaritana perguntou a Jesus se era 
Jerusalém ou Samaria 
e ele disse que seria toda a terra. 
O planeta inteiro o umbigo que nos una com o céu."

    Ao longo da história milhões de assassinatos ocorreram em nome de algum deus, ou de Deus. Atualmente, infelizmente, sempre temos notícias de conflitos "em nome de Deus" que levam à morte milhares de pessoas inocentes... Aqui mesmo em nossa cidade, cotidianamente, ficamos sabendo de inúmeros atos de violência movidos por intolerância religiosa. Qual deus ficaria satisfeito com isso? Deus tem esse propósito? Ou seria exatamente o oposto? Deus é AMOR!

   O poema de Cardenal termina falando de Jerusalém, ou a "Terra Santa", a "Terra da Promessa", ou "Canaã" -- enfim, um lugar sagrado. E sagrado para as três maiores religiões monoteístas do planeta: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Não era para ser um local onde reinasse a paz entre os povos? Onde os seres humanos espalhassem, entre si, o amor de Deus? Bom, mas é exatamente o oposto a isso que acontece... Que triste, não é?

Para nos fazer pensar ainda mais sobre tudo isso, segue um vídeo que ilustra o que acontece, há milênios (e o pior, é tudo verdade), nesse local sagrado. 


   (O vídeo, hospedado no YouTube, é um curta-metragem de animação de 2012, criado a partir da música "This Land is Mine", composta especialmente para o filme Êxodus, da déada de 60 do século passado.)




     

Roteiro de estudo para a 2ª certificação de História


Brincadeiras à parte (é claro que ninguém vai chorar...), é legal que você estude antes para estar bem confiante na hora de fazer a prova, concorda?

1. Baixa Idade Média como já houve avaliações que abordaram este assunto (revigoramento das cidades e do comércio, crise do feudalismo, peste negra etc), alguns de seus aspectos, incluindo as Cruzadas, estarão diluídos nas questões sobre o item 3.

2. Islã também será avaliado nas questões relacionadas ao item 3.

3. Reconquista e formação de Portugal atenção aos pontos:
- os mouros na Península Ibérica (século VIII ao XV);
- o que foi o movimento da Reconquista;
- de feudo a reino: a formação de Portugal;
- o recém-nascido reino de Portugal: como ficou a situação do rei, da nobreza, da burguesia e dos trabalhadores do campo e das cidades;
- a crescente importância do comércio como atividade econômica e o monopólio comercial de Gênova e Veneza sobre o Mediterrâneo.

4. Expansão Marítima Europeia (ou Grandes Navegações) → atenção aos pontos:
- os produtos mais valorizados na Europa e o monopólio de Gênova e Veneza sobre a sua comercialização;
- o conhecimento de mundo dos europeus no início do século XV;
- o projeto português de caminho marítimo para chegar às Índias e seus financiadores;
- o porquê do pioneirismo português nas navegações oceânicas questões geográficas, tecnológicas e políticas;
- o projeto de caminho marítimo para chegar às Índias patrocinado pelos reis espanhóis quem foi o seu mentor;
- o caminho que atingiu o objetivo (1498);
- a chegada a um continente até então desconhecido (1492);
- o Tratado de Tordesilhas (1494);
- as consequências da descoberta de um novo caminho para as Índias.

Estudar pelas folhas 5, 6 e, principalmente, 7, 8, 9 e 10 e pelo caderno.


BOM ESTUDO E...

BOA PROVA!

Imagem: "meme" da Internet de autor desconhecido

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Filme: "1492 - A Conquista do Paraíso", de Ridley Scott

(Imagem: camminus.com)

   Tudo começa com a grande luta que o navegador Cristóvão Colombo teve que empreender para conseguir o apoio necessário para realizar sua viagem, sofrendo restrições por parte dos religiosos, enfrentando o desdém dos políticos e a indiferença dos comerciantes. Somente com o apoio de um banqueiro e da rainha Isabel da Espanha foi possível reverter sua perspectiva e permitir que ele viesse a escrever seu nome na eternidade.

   O grande mérito do filme reside em nos colocar lado a lado com a trajetória de Cristóvão Colombo, acompanhando-o nas embarcações, sofrendo com ele os reveses de uma viagem longa e desgastante e triunfando com o desembarque em terras americanas em 1492. A sequência da chegada é deslumbrante, os homens se jogando ao chão, os passos de Colombo, as cores das bandeiras e os sons que acompanham esse momento permitem-nos entender como foi grandioso esse acontecimento. (Trecho adaptado do site Planeta Educação)

1492: Conquest of Paradise 
Drama, França/Espanha/EUA/Inglaterra, 1992, 155 min - Direção: Ridley Scott


O filme inteiro, e dublado, encontra-se no YouTube
Basta clicar aqui embaixo e ampliar a tela:




BOM FILME!


Trechos que requerem uma atenção especial:

porém com algumas alterações minhas nos textos.)

  • Fé e ciência: um monge informa que a universidade de Salamanca cederá a Colombo uma audiência para que ele tente aprovar sua viagem para Oeste, em busca das Índias (que ficam a Leste). Nessa conversa, fica claro que, embora seja um homem de fé na Igreja Católica, suas convicções científicas diferem das afirmações defendidas pelos clérigos.
  • Negociação: Colombo procura convencer os intelectuais da universidade de Salamanca a aprovarem sua jornada rumo às Índias.
  • Financiamento: Colombo conhece uma pessoa que poderá conseguir uma audiência com a rainha Isabel, da Espanha, e viabilizar sua expedição. Neste trecho, é interessante observar o papel dos banqueiros no contexto das Grandes Navegações.
  • Colombo inicia a viagem: Colombo dá início a sua jornada, em direção ao ocidente, rumo ao extremo oriente, com a nau Santa Maria e as caravelas Pinta e Nina. Durante o trajeto, explica como utiliza as estrelas como guia. Nessa passagem lembre da influência da cultura árabe na península Ibérica que estudamos com a “Reconquista”.
  • América: Colombo e sua frota avistam terra firme e entram em contato com um grupo de nativos. A partir desse recorte, observe como se dá a chegada dos europeus ao “Novo Mundo”.
  • Contato com os nativos: Colombo narra sua percepção do novo mundo com bastante otimismo, ao mesmo tempo em que percebe os perigos desse paraíso na Terra. Pouco tempo depois de sua chegada, consegue estabelecer contato com os nativos, sendo recebido com desconfiança por alguns deles.

Perguntas sobre o texto 9

Conforme o combinado, eis as perguntas sobre o texto 9: 

A RECONQUISTA E A FORMAÇÃO DE PORTUGAL
1. O que foi a Reconquista?
2. Podemos dizer que a formação do reino de Portugal se deu com o descumprimento dos laços feudais? Por quê?
3. Vimos que o “recém-nascido” reino português já tinha dois inimigos poderosos: os muçulmanos e o rei de Leão e Castela. O que ocorreu, então, em decorrência disso?
4. E em relação à economia, como estava Portugal?
5. E qual a situação da nobreza portuguesa?
6. E a dos trabalhadores rurais?
7. E a da burguesia?

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

O Castelo dos Mouros - Sintra / Portugal

     Nas aulas desta semana, falamos sobre a Reconquista da Península Ibérica pelos cristãos e a formação de Portugal. No trabalho que ficará para corrigir neste sábado, 02/09, aparece um DOC sobre o Castelo dos Mouros
Que tal saber um pouco mais sobre essa construção? 

As origens do Castelo dos Mouros – um castelo em ruínas compreendido entre as florestas exuberantes da Serra de Sintra – datam do séc. VIII e da invasão a Península Ibérica pelos muçulmanos do norte de África. Sua construção e localização forneciam uma visão vantajosa sobre o Rio Tejo e oferecia proteção para a cidade de Sintra. Crônicas árabes caracterizaram a região de Sintra como muito rica em campos de cultivo e o Castelo dos Mouros foi um dos mais importantes nesta região, ainda mais que o Castelo de Lisboa.
Uma Cruzada Cristã inicial, liderada pelo Rei Afonso VI de Castela, conseguiu capturar dos mouros o castelo em 1093, mas o pequeno exército foi expulso nos anos seguintes. O castelo prosperou entre a primeira cruzada e a seguinte, tendo suas muralhas reforçadas, mas tal melhoria não foi o bastante para deter a Segunda Cruzada, bem mais forte, em 1147.
Apesar de os primeiros reis portugueses fortalecerem o Castelo dos Mouros e as suas defesas, a corte real se estabeleceu em Lisboa. A importância desse castelo de Sintra foi sendo reduzida ao longo dos séculos, até que no XV os seus únicos habitantes eram colonos judeus. Quando os estes foram expulsos de Portugal em meados do séc. XV, o castelo ficou completamente abandonado. Em 1636 um raio causou um fogo massivo que destruiu a Torre de Menagem (torre central), enquanto que, em 1755, um devastador tremor de terra desmoronou suas paredes e muralhas. (Adaptado de Sintra-Portugal.com)

Seguem fotos, a maioria de minha autoria 😊, do que restou do Castelo dos Mouros.


























Para saber mais, acesse Parques de Sintra.

Imagens: arquivo pessoal