quinta-feira, 14 de maio de 2015

"Stonehenge do Amapá"


   Nas aulas desta semana, estudamos sobre os monumentos megalíticos erguidos por grupos neolíticos e que estão espalhados por várias partes do planeta, inclusive aqui no Brasil -- o que deixou muitos alunos curiosíssimos ("Como assim, aqui, no Brasil? Como é que a gente nunca ouviu falar disso?", foi o que muitos disseram) e querendo mais informações a respeito... 

   Bom, se você nunca, até então, tinha ouvido falar disso, agora não só ouviu como também já sabe do que se trata... E se quiser saber mais, toda essa postagem é dedicada ao tema! 

  Veja o texto de uma matéria publicada pela Ciência Hoje sobre o que é conhecido por muitos como "Stonehenge do Amapá":

   O sítio arqueológico da cidade de Calçoene, no interior do Amapá, pode ter sido um grande calendário solar construído por civilizações antigas há mais de mil anos. A afirmação é do físico Marcomede Rangel, do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, que vem estudando o local. Descoberto pelo naturalista Emilio Goeldi (1859-1917) no início do século passado, o sítio abriga pedras monolíticas estrategicamente posicionadas no solo.

   Com ajuda de estudantes do curso de turismo do Centro de Educação Profissional do Amapá (Cepa), o físico mapeou o local e descobriu uma relação entre o sítio e o fenômeno natural do equinócio. “Uma das pedras é uma chapa de granito de 3 m com uma abertura no centro com cerca de um palmo de diâmetro. Há outra pedra direcionada justamente em relação a essa. Provavelmente, o sítio era usado pelos povos antigos para saber a época de plantio, colheita, chuva e seca”, diz.
O sítio era provavelmente usado pelos povos antigos para saber a época de plantio, colheita, chuva e seca
   O equinócio acontece quando o Sol, visto da Terra, se desloca sobre a linha do Equador, nascendo a leste e se pondo a oeste. Essa passagem de um hemisfério a outro determina o início das estações primavera e outono, conforme o hemisfério. Durante o fenômeno, o dia e a noite têm a mesma duração.
  Para Marcomede, os monumentos encontrados em Calçoene – comparáveis a Stonehenge, na Inglaterra, o mais conhecido círculo de pedras do mundo –, podem ter sido formas de homenagem aos deuses pagãos ou mesmo observatórios primitivos. 'Já conseguimos saber que a luz do Sol é projetada pela abertura de uma das pedras, criando uma bola de luz, que vai bater em outra pedra. A bola de luz se desloca seguindo a linha do Equador', conta o pesquisador.
  O sítio de Calçoene ficou no esquecimento durante muito tempo. Somente em 2005, o ‘Stonehenge brasileiro’ despertou o interesse do governo do Amapá, quando foi catalogado e cercado, sendo estudado por arqueólogos do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa).
   Pesquisas apontaram uma relação das construções com o solstício de inverno, momento em que o Sol está mais afastado do Equador, em cima do trópico de Capricórnio. Marcomede espera encontrar novos elos entre o sítio e fenômenos astronômicos: 'Com os dados obtidos, confeccionaremos um mapa das constelações para encontrar outras relações com estrelas brilhantes e a Lua', finaliza o físico.



Bruna Ventura
Ciência Hoje/RJ


Para ver muitas imagens desse monumento megalítico brasileiro, publicadas no UOL Notícias - Ciência, em 02/12/2011,é só clicar AQUI e, para ler a matéria completa, publicada junto com essas imagens, clique  AQUI

 Fonte: Ciência Hoje e UOL Notícias - Ciência

5 comentários:

  1. Muito maneiro! Me deu até vontade ir agr lá no Amapá só para ver esse monumento megalitico!

    ~Maria Clara, 606

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  2. Matou muita curiosidade minha, professora! haha :D

    Amanda Beck 606

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  3. Muito legal mesmo professora!
    Julia Coli-606

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  4. E pensar que muita gente nem sabe da existência desse tipo de monumento aqui no Brasil...

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